Ligar a ignição de um automóvel apenas e só com uma bateria de telemóvel? Com uma bateria de elétrodos 3D já será possível – pelo menos teoricamente. E com uma vantagem: caso o telemóvel tenha uma das novas baterias desenvolvidas por investigadores da Universidade de Illinois, provavelmente apenas terá de esperar um milésimo do tempo necessário para carregar as baterias da atualidade.
«É possível substituir as baterias que hoje andam nos automóveis por outras que são 10 vezes mais pequenas e 10 vezes mais poderosas. Tendo por base este princípio, torna-se possível ligar um automóvel com uma bateria de telemóvel», explica William King, investigador da Universidade de Illinois que liderou o desenvolvimento das baterias de elétrodos 3D, em quando entrevistado pela BBC.
Para criar as baterias que permitem carregamentos mil vezes mais rápidos que as baterias de iões de lítio, a equipa de investigadores da Universidade de Illinois criou uma ligação entre os dois tipos elétrodos (ânodo e cátodo) que compõem uma unidade de armazenamento de energia.
Com esta técnica, os investigadores conseguiram o que aparentemente parece um contrassenso: as baterias passaram a ter maior área para incorporar elétrodos, mas a distância que iões e eletrões têm de percorrer entre elétrodos é muito menor. O que na prática significa que a capacidade de armazenamento de energia aumenta apesar de o volume da bateria diminuir.
A nova geração de baterias tem por base uma grelha de microescala que é constituída por níquel e estanho. Esta grelha é incorporada numa superfície de vidro, após a passagem por um líquido a temperaturas de 300 graus centígrados.
