Pensava-se que o antepassado mais longínquo da Humanidade teria surgido há 2,5 milhões de anos em África. Agora, uma equipa de 22 arqueólogos descobriu no Quénia ferramentas de pedra que datam de há 3,3 milhões de anos, ou seja, mais antigas do que o Homem mais antigo que se conhecia.
As ferramentas foram encontradas num local onde não se detetaram fósseis, o que intriga ainda mais, pois não se consegue identificar o tipo de antepassado do Homem que as terá fabricado. A cerca de um quilómetro do local estava um crâneo de um Kenyathropus Platytops.
A descoberta «reescreve todo o livro numa série de coisas que pensavamos serem realidade», explica Chris Lepre, citado pelo The Guardian. Lepre é um dos geólogos responsáveis por datarem as ferramentas encontradas. A datação foi conseguida através do estudo de uma camada de cinza vulcânica abaixo das ferramentas e refinada através da análise aos minerais magnéticos no local.
As 150 ferramentas encontradas agora parecem ter sido feitas com duas técnicas diferentes, o que parece indicar que já havia alguma sofisticação mental nos nossos antepassados e há mais tempo do que se julgava.
O Homo a partir do qual descende o Homem moderno só surgiu há 2,5 milhões de anos e pensava-se que só ele teria começado a usar ferramentas.