Não foi a corrida mais louca do mundo, mas é seguramente a corrida mais solar do mundo. A equipa da Universidade de Delft cruzou hoje a meta na cidade de Adelaide, depois de atravessar a Austrália de norte a sul e garantir a vitória na corrida de “carros solares” Bridgestone World Solar Challenge de 2015.
A Universidade de Twente, também da Holanda, garantiu o segundo lugar da prova. O terceiro lugar foi atribuído à equipa de investigadores da Universidade de Tokai, do Japão, informa a BBC.
A corrida contou com a participação de 50 equipas de escolas e universidades que desenvolveram os respetivos protótipos de carros movidos com energia captada por painéis solares. Além dos designs futuristas, a corrida tem como característica distintiva a capacidade de resistência: Entre a partida, em Darwin, e a chegada, em Adelaide, foram percorridos mais de 3000 quilómetros em quatro dias.
Na corrida, os veículos podiam armazenar em baterias a energia correspondente a 5 kWh (cerca de 10% da potência necessária para fazer o percurso). Durante o percurso, os participantes tiveram de passar por sete checkpoints.
Os veículos e respetivos pilotos tiveram de atravessar o deserto australiano recorrendo apenas e só à energia coletada pelos painéis solares que revestem capôs e tejadilhos, e que nalguns casos exigiram um design original para aumentar a captação de luz solar e reduzir o peso e o atrito. A prova tem por objetivo promover o desenvolvimento e a investigação em torno de carros movidos a energia proveniente do sol.