O Minitaur está longe de ser um exemplo de elegância, mas consegue o que muitos dos robôs e rovers com rodas não conseguem: deslocar-se em quase todos os terrenos sem ficar atascado.
O robô foi desenvolvido pela Ghost Robotics para uso na Terra, mas a Popular Science logo fez um exercício de comparação com outros episódios menos bem sucedidos do passado recente: o Rover Spirit, da NASA, acabou por ver o raio de ação substancialmente limitado depois de ficar com as rodas presas nas areias de Marte. Será que se fosse com o Minitaur esse incidente não teria sido evitado?
Gavin Kenneally, um dos responsáveis pelo desenvolvidmento do Minitaur na Ghost Robotics, distingue o Minitaur e outros robôs que têm pernas em vez de rodas por não terem movimentos restringidos a andar para a frente ou para trás. «A partir do momento em que resolvemos o problema da coordenação (das pernas) passamos a dispor de tantas maneiras de tirar partido deste tipo de coordenação, que deixamos de ficar presos a tentar ir para trás ou para a frente. Porque realmente há muitas opções possíveis», refere o responsável da fabricante do Minitaur quando à Popular Science.
Marte ainda é um destino demasiado hipotético e longínquo para o roteiro definido para o Minitaur. A Ghost Robotics acredita que o robô tem as dimensões (pouco mais de 40 centímetros de comprimento; mas também é possível criar versões com metade do tamanho) ideias para funcionar, através do uso de múltiplos sensores, como um batedor tecnológico ao serviço de cientistas ou de equipas de salvamento em cenários de acesso mais dificultado, ou mesmo no apoio a militares, para a deteção das mais variadas ameaças.