A esperança pode surgir de onde menos se espera: de um tubo de ensaio, de um ecrã de computador, de uma cobaia ou do rosto de um ser humano. Se depender da BSIM2 , a esperança poderá ser encontrada em todas estas coisas – mas tudo começa no computador. Ou não fosse a BSIM2 a empresa portuguesa mais bem colocada para num futuro não muito longínquo lançar o primeiro medicamento desenhado com técnicas de simulação computacional. Para dois mil portugueses os trabalhos da startup de Coimbra fazem toda a diferença: o futuro medicamento terá como objetivo tratar os doentes de paramiloidose (conhecida como doença dos pezinhos). Carlos Simões e Rui Brito, os dois mentores do projeto, mantêm um misto de otimismo e cautela: «ainda não se pode falar de medicamento, porque ainda não há medicamento. Não podemos criar falsas expectativas nas pessoas». Mesmo sem falsas expectativas, há outro fator a ter em conta: se todos os ensaios correrem bem, o potencial medicamento poderá demorar entre sete e 10 anos a ser comercializado.
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