A NASA prevê que a missão da cápsula Orion comece em 2019, com o lançamento a partir do Space Launch System, o mais poderoso de sempre. Este foguetão será o primeiro passo para a sonda Orion começar a sua trajetória de 25 dias, de quase 400 mil quilómetros, em torno da Lua e de regresso à Terra a uma velocidade de quase 40 km/h. O passo seguinte envolve um novo lançamento, no início da década de 2020, desta feita com humanos a bordo. O objetivo é que estas missões sirvam de base ao envio de astronautas para a exploração de asteróides, de Marte ou de outros corpos mais distantes.
A Wired teve um fotógrafo a passar 20 dias em exclusivo dentro das instalações onde está a ser preparada esta missão e conta que os testes incluem a modelação de todas as peças para perceber como a vibração dos motores as afeta e ainda a criação de réplicas do foguetão que são sujeitas a túneis de vento, para se testar o seu desempenho.
Os depósitos de combustível são criados com cilindros de metal a rodar em peças de alumínio, fundidos e depois analisados à luz de ultrassons e raios-X. O tanque de hidrogénio é tão delicado que movê-lo da horizontal para a vertical demora três dias, duas gruas orienatadas por GPS e um sistema de alinhamento a laser.
É construído um modelo à escala, que mede apenas um metro, para o passar por túneis de vento. Esta réplica é pintada de cor de rosa que brilha sob luz negra com maior intensidade, conforme a quantidade de oxigénio que a atinja. O oxigénio serve de substituto para a pressão, nestes testes, e ajuda a perceber exatamente onde é que o foguetão vai ser sujeito a maior desgaste.
Por outro lado, também a Marinha dos EUA está a colaborar e a testar o resgate de uma cápsula semelhante à Orion, para ter um papel importante nesta missão.