Um grupo de investigadores do JPL defende que, mesmo nas zonas mais expostas a radiações nocivas, vestígios de vida alienígena na lua Europa podem estar a escassos 20 centímetros de profundidade. Sabe-se que esta lua tem um oceano por baixo da superfície e que é um candidatos principais para se encontrar vida fora da Terra. Uma vez que a lua está exposta a volumes bastante intensivos de radiações nocivas, uma camada de gelo resistente é essencial para assegurar a resistênica.
Neste cenário, as plumas de água provenientes do oceano por baixo da camada de gelo, podem estar a “disparar” micróbios e outros químicos relacionados com vida para o espaço, assim como outros componentes relacionados. A cerca de dez centímetros de profundidade, os aminoácidos, elementos fundamentais para a existência de proteínas, estão mais resguardados por baixo de uma espessa camada de gelo, depois de já terem sido “ejetados” para o espaço e sido alterados devido às radiações. Assim, «mesmo em zonas mais afetadas pela radiação, só temos de arranhar a superfície para encontrar material que não tenha sido destruído», explica Tom Nordheim, investigador do JPL, citado pela Popular Science.
Em 2022, a NASA prevê lançar a Europa Clipper em direção a esta lua de Júpiter e os planos passam agora por entrar em órbita e tentar “raspar” a superfície em busca destes elementos de vida. Esta sonda deve ter a capacidade de perfurar o solo, mesmo que a distâncias curtas, para procurar vestígios. Dada a quantidade de radiações naquela lua, para já a exploração robótica é mesmo a única possibilidade, ficando de fora a ida de astronautas.