A descoberta feita no Lawrence Berkeley National Laboratory, do Departamento de Defesa dos EUA, abre caminho para desenvolver componentes de eletrónica completamente líquidos e para novidades na interação entre células e controlo de funções celulares. Os cientistas colocaram uma gota de um líquido contendo nanocristais de óxido de ferro numa solução oleosa com pequenos elementos de um polímero. De seguida, verificou-se que as nanopartículas tinhama capacidade de se comprimir, portando-se como um sólido, e de se descomprimir e voltar a um estado líquido pela ação de puxar e empurrar competitiva entre o polímero e o aditivo.
«Estamos a olhar para as propriedades mecânicas de um líquido 2D e de um sólido 2D», diz Brett Helms, um dos coordenadores do estudo, à New Scientist. Este método dispensa uma fonte de calor para a alteração do estado do material e introduz um novo componente químico que une a superfície das nanopartículas de uma determinada maneira. É a concentração deste novo componente que permite a manipulação do estado.
Estes cientistas acreditam que esta nova inovação e forma de controlar sistemas completamente líquidos vão ser úteis para interagir com sistemas vivos como células ou bactérias: «essencialmente, temos a capacidade de comunicar com elas – movê-las para onde queremos que vão ou mover eletrões ou iões em direçãoa a elas», disse um dos membros da equipa.