O transístor desenvolvido agora na Alemanha não é feito de semicondutores, mas sim de metal e o “gate” é uma gota de gel eletrólito. Apesar do feito, ainda não há grande aplicação útil para este componente tão pequeno. O The Register lembra que um pequeno cartão de memória USB atual já contem milhares de milhões de transístores, pelo que, para esta novidade ser útil, seria necessário conseguir escalar o processo de fabrico e conseguir combinar várias destas unidades.
Os investigadores explicam que «o transístor de átomo único representa um dispositivo quântico à temperatura ambiente, que permite ligar uma corrente elétrica pela localização reversível e controlada de um átomo único dentro de um ponto de contacto metálico. Até agora, o dispositivo opera ao aplicar uma pequena voltagem a um elétrodo de controlo, ou “gate” no eletrólito aquoso», explica o texto publicado no Advanced Materials.
Quando a corrente é aplicada, o gel faz a ligação entre as duas tiras metálicas e começa o fluxo de eletrões. «Assim que o átomo de prata é removido, o circuito é interrompido», explica Thomas Schimmel, um dos autores do estudo. A inovação consegue conduzir corrente elétrica que tenha entre um e oito microAmps e, porque é feita de metal, consegue fazê-lo de forma mais eficiente e consumindo menos energia.
«Este elemento de eletrónica quântica permite conduzir energias mais pequenas do que nas soluções tecnológicas convencionais de silício por um fator de 10000», disse Schimmel. Para já como referido, ainda não há utilizações práticas para esta inovação.