De acordo com um estudo recente da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, uma organização integrante do Sistema das Nações Unidas, a corrida pelo domínio da Inteligência Artificial (IA) tem sido atualmente disputada entre os Estados Unidos da América e a China.
Os dados revelaram que a gigante tecnológica IBM lidera este ranking da propriedade intelectual com 8.290 patentes registadas, encontrando-se à frente da Microsoft, que detém 5,930 patentes.
O estudo revela ainda que na China tem 17 das 20 melhores universidades, numa escala global, que conduzem investigações na área da IA.
À Reuters, Francis Gurry, Diretor Geral da OMPI, disse que: «Os EUA e a China lideram, obviamente, esta corrida. Estão à frente tanto no número de aplicações desenvolvidas, como no número de publicações científicas feitas.»
Numa ótica política, as tensões entre os dois países são também sentidas, uma vez que Donald Trump acusou a China de roubar inovações americanas e aumentou as tarifas comerciais em produtos chineses de forma a castigar o governo chinês.
Embora as opiniões, relativamente à China roubar propriedade intelectual, variem, a OMPI reconheceu as acusações, mas salientou que a China tem inegavelmente tido um papel de charneira no desenvolvimento da Inteligência Artificial.
«A China representa uma peça imprescendível no patenteamento de propriedade intelectual», disse Francis Gurry, em declarações à Reuters.
Esta quinta-feira, Gurry apelou via Twitter à união entre países para o desenvolvimento e cooperação na área da IA:
«O patenteamento de atividades no domínio da Inteligência Artificial está a crescer a um rítmo acelerado.Isto significa que o número de produtos, técnicas e aplicações em que este tipo de tecnologia estará presente será maior e, por sua vez, também a sua presença e influência nas nossas vidas.»