Uma equipa de investigadores conduzida por Russel Marx e Kevin Coffey da universidade de Washington criou recentemente um software capaz de identificar, processar e descodificar os sons emitidos por ratos de laboratório. Parece estranho? Talvez, afinal de contas são apenas guinchos de roedores. Mas é certo que este pode representar um passo importante para a compreensão da comunicação do animal que é utilizado para a grande maioria das pesquisas realizadas na área da medicina.
Feitas as contas, no total, 75 estudos em que foram utilizados ratos como cobaias ganharam prémios Nobel. Os ratos, em particular, são dotados de algumas capacidades comunicativas e, por isso, entender a sua comunicação pode ser um recurso valioso para futuros estudos que recorram a este animal para serem feitos.
Na verdade, os estudos feitos até agora com ratos estiveram sempre munidos de grandes incertezas e de situações pouco práticas. Para o processo de investigação correr nos conformes é necessário captar os sons emitidos pelos ratos através microfones especiais de alta precisão, rotulá-los e categorizá-los, atribuindo-lhes significados. É um trabalho que requer perícia e persistência.
Com o DeepSqueak, os sons emitidos pelos roedores são captados, processados e ordenados através de padrões. Embora ainda não se saibam muitos pormenores sobre o estudo, os investigadores esperam que este estudo se possa tornar numa espécie de ‘Pedra Roseta’ da comunicação animal.