Stern inspirou-se na perspetiva ecológica para começar a questionar como é que o seu iPhone se desintegraria com o passar do tempo e que aspeto teria daí a um milhão de anos. Para avançar com o projeto da exposição que agora estreia, o professor e artista passou os últimos anos a “torturar” gadgets e a expô-los a condições extremas, como elevadas temperaturas e pressão, para simular a passagem do tempo. O resultado final foram os “Phossils”, mistura entre fóssil e telefone em inglês, que estarão em exibição.
«A The World of Us não é pós-apocalíptica. Em vez disso, imagina os futuros potenciais, enquanto pede aos visitantes para estarem alerta sobre os seus media no presente», lê-se na descrição da exposição, que estreia a 17 de janeiro, no Museu de Arte de Wisconsin.
O trabalho de Stern também é inspirado no livro de Alan Weissman, The World Without Us, que tenta imaginar como será o mundo quando os humanos forem substituídos por outras formas de vida biológica.
Numa das paredes desta exposição, vemos portáteis, teclados, telefones e outros resíduos de lixo eletrónico cobertos por bolores e os fios entrelaçados, com a cor esverdeada, simulam uma estranha floresta. Por entre rachas em alguns destes aparelhos, vemos fluxos de água a correr e uma ampulheta que cobre um telefone com areia a cada 60 minutos, noticia a Cnet.
«Temos de reinventar o que é que o lixo digital pode ser e fazer no presente», explica o documento que apresenta a exibição. Algum do trabalho do artista sugere a reciclagem de iMacs para os transformar em martelo e outras ferramentas, enquanto placas de circuito “renascem” sob a forma de serra, machado e espátula.
A exposição integra 250 computadores, 100 telefones e algumas dezenas de teclados e ratos além de centenas de metros de fita, cabo de rede e cabos USB. Estes componentes vieram de lojas de eletrónica em segunda mão e doados por empresas que ouviram falar no projeto.
O artista e a equipa comprometem-se a reciclar o máximo que puderem depois de a exposição terminar.