O relógio vai estar disponível em três versões: O Sport 349 dólares (38 mm) e 399 dólares (42 mm); Classic (de aço inoxidável) de 549 dólares a 1049 dólares e dos 599 dólares aos 1099 dólares; Watch Edition (de ouro e edição limitada) com um preço que começa nos 10 mil dólares.
A Apple assegura que o smartwatch tem autonomia para 18 horas, o que a empresa considera ser “um dia inteiro”. O sistema de carregamento é magnético – ou seja, proprietário – um sistema semelhante ao usado pela Pebble.
“É o dispositivo mais pessoal que alguma vez criámos”, Tim Cook mostrava as primeiras fotografias do Apple Watch e descrevia as funcionalidades e capacidades de personalização. O relógio dá acesso, por swipes, a funcionalidades como o calendário ou o ritmo cardíaco. À semelhança de todos os outros relógios inteligentes, o Apple Watch recebe notificações vindas do smartphone. O microfone integrado permite atender chamadas diretamente no telefone e a utilização de Bluetooth e Wi-Fi não obriga a ter de estar sempre por perto do telefone para conseguir interagir com ele (em casa, por exemplo). Curiosa é a integração de uma tecnologia chamada Digital Touch. Esta permite desenhar num relógio e outra pessoa ver esse desenho aparecer no ecrã do seu relógio. O mesmo é possível para o batimento cardíaco. Ou seja, são formas diferentes de comunicar diretamente com a lista de contactos. Há uma app portuguesa para Android que se chama LokLok que faz algo semelhante.O relógio está atento aos movimentos do utilizador e pode alertá-lo caso esteja parado há demasiado tempo (algo que outros relógios e apps também já fazem). A aplicação “desportiva” tem mais inteligência. Faz relatórios semanais que permitem identificar padrões e enviar sugestões de novos exercícios. Como seria de esperar, o Apple Watch interage com a Siri e permite fazer pagamentos dentro da plataforma da empresa.
Nas apps demonstradas foi possível ver o Apple Watch a servir para mostrar o boarding pass para entrar num avião, a transformar-se na chave de um quarto de hotel, a usar o Shazzam para identificar uma música e, por exemplo, abrir a porta da garagem de casa. Basicamente, tudo depende das apps que forem desenvolvidas para o relógio. Essas aplicações vão estar disponíveis dentro de uma área da loja específica.
O evento começou com um vídeo da abertura de uma nova loja Apple na China – mercado em que a empresa norte-americana aposta fortemente. Nas últimas seis semanas, abriram seis lojas. 453 lojas espalhadas pelo mundo que foram visitadas por 120 milhões de pessoas no último trimestre.
O novo Macbook
“Nos últimos 10 anos o Mac tem crescido acima do mercado (…) e foi necessário reinventar o Mac ”, foi assim que Tim Cook começou o anúncio dos novos Macbook Air, os mais finos ( 13,1 mm de espessura) e leves (900 gramas) algumas vez feitos pela Apple. Os computadores portáteis são totalmente de metal e o teclado, que usa uma nova tecnologia para ter teclas mais precisas, vai quase até ao limite do chassis. O touchpad reconhece a pressão com que se toca na superfície e dá acesso funcionalidades no sistema operativo. O ecrã de 12 polegadas é retina (2304×1440 píxeis) e é o mais fino alguma vez utilizado num macbook. Para o computador ser tão fino em todos os aspetos foi necessário diminuir a motherboard e todos os componentes integrados e, claro, acabar com as ventoinhas. Os novos Macbook trazem processador Core M, da Intel. O resto do espaço foi ocupado por baterias e a Apple diz que a autonomia dá para um dia inteiro naquele que a empresa diz ser o “portátil mais eficiente em termos energéticos do mundo”. A conectividade fica a cargo de Bluetooth, Wi-Fi e do novo USB-C.
E os preços? A configuração inicial começa nos 1299 dólares e termina nos 1599 dólares (processador a 1,2 GHz). O computador chega às lojas a 10 de abril.
E a Apple TV…
A Apple revelou, igualmente, uma quebra de preço na Apple TV que custa, agora, 69 dólares (de 99 dólares). Os utilizadores do dispositivo vão ter direito a um mês de acesso exclusivo aos conteúdos do serviço da HBO, HBO Now (por 14,99 dólares/mês) – onde se inclui a Guerra dos Tronos que até teve direito a mostrar um novo trailer.
Alguns números sobre o iPhone. A Apple já vendeu 700 milhões de iPhone e, diz a empresa, que tem 99% de satisfação de cliente. O sistema Apple Pay já tem 2500 bancos e 700 mil lojas que o suportam. Sobre o Car Play, o CEO da empresa, referiu que a maioria dos fabricantes de automóveis já vão suportar o sistema. O mesmo para o HomeKit. Mas o grande destaque foi para o Health Kit. Além das muitas apps que já estão na loja e que foram desenhadas para a plataforma, há alguma investigação médica que, segundo o revelado hoje pela Apple, está a utilizar os dados recolhidos pelas aplicações para poder tirar ilações sobre determinadas doenças. Para tirar partido de tantos iPhones no mercado foi anunciado o Research Kit – uma plataforma desenvolvida com hospitais e universidades e que vai permitir o desenvolvimento de apps específicas para monitorizar determinadas patologias. A Apple, para garantir o sigilo dos dados, reforçou que não tem acesso a qualquer informação trocada entre o utilizador do telefone e a app utilizada. O Research Kit vai estar disponível no final do próximo mês e é open source.