Português lidera descoberta da galáxia mais brilhante do Universo primordial
David Sobral coordenou o trabalho de uma equipa internacional de astrónomos que descobriu a galáxia mais brilhante alguma vez encontrada no início do Universo.

A mesma equipa descobriu, pela primeira vez, fortes indícios da existência da primeira geração de estrelas. O trabalho da equipa internacional é liderado por David Sobral, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
A comunidade científica já tinha teorias sobre a formação das primeiras estrelas, a partir do material do Big Bang, centenas ou mesmo milhares de vezes mais massivas que o Sol e com um tempo de vida de apenas alguns milhões de anos. Agora, a equipa de David Sobral fez o mapeamento de grandes áreas do céu e procurou onde mais ninguém procura. «O físico era facilmente compensado por descobertas inesperadas, algo importantíssimo em Ciência. Foi fantástico quando descobrimos a galáxia CR7, a mais luminosa alguma vez encontrada no Universo primitivo», comentou David Sobral, em comunicado de imprensa.
A galáxia tem o seu nome inspirado no galáctico português Cristiano Ronaldo, mas é na verdade uma abreviatura de COSMOS Redshift 7 (desvio para o vermelho, uma medida de distância usada pelos astrónomos). A galáxia é três vezes mais brilhante do que o anterior recorde e está a cerca de 13 mil milhões de anos luz da Terra, quando o Universo tinha apenas 800 milhões de anos de existência.
A descoberta foi possível depois de várias observações obtidas com o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul, com o Telescópio Espacial Hubble e com os telescópios W. M. Keck e Subaru.
«Ao juntarmos as diferentes peças do puzzle, percebemos que tinhamos encontrado algo muito mais profundo e que estávamos a ver, pela primeira vez, um Santo Graal da astronomia – as primeiras estrelas».
Relacionados
-
Cientistas terminam simulação de vida em Marte
A NASA colocou seis investigadores a morar numa redoma à beira de um vulcão no Havai. A experiência visava simular como seria viver em Marte.
-
Investigadores criam bomba de água que desafia a gravidade
Uma equipa de cientistas chineses criou um método para bombear água dentro de um tubo, para cima, sem ser preciso nenhuma bomba ou fonte de energia.
-
Um pequeno passo para as tendas, um grande passo para o campismo lunar
Investigadores do MIT estão a desenvolver uma tenda que serve de refúgio temporário a dois austronautas em missão lunar.
-
Ondas cerebrais substituem passwords
Investigadores afirmam que, com pequenas alterações, os computadores são capazes de reconhecer as ondas cerebrais do utilizador, que podem passar a ser usadas como password.
-
NASA quer acelerar viagens para Marte
A agência espacial dos EUA está a investigar técnicas avançadas de propulsão que permitam chegar a Marte em metade do tempo.
Em destaque na Homepage
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
O projeto ESUS promete fazer o que ninguém fez até agora: desenvolver um dispositivo que caracteriza com precisão a extensão e a tipologia de uma catarata num olho humano. O primeiro produto poderá chegar aos consultórios dentro de três anos
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Mais de 30 tecnológicas, incluindo Microsoft e Facebook, assinaram um acordo em que se recusam a ajudar qualquer governo que tente encetar ciberataques.
-
-
-
-
-
Anacom anuncia novas regras para a portabilidade dos números de telemóvel
17.04.2018 às 14h13
Comentários