A piada fácil “use the force, Luke” não chega para descrever o feito que o paraquedista Luke Aikins alcançou no sábado na Califórnia: Aikins mandou-se de um avião a mais de 7,6 quilómetros de altitude e só foi travado numa rede com 30 metros de lado, que se encontrava suspensa por quatro gruas, a 60 metros do chão.
O percurso entre o avião e esta “rede de trapézio” gigante foi feito em total queda livre. Em nenhum momento, Luke Aikins abriu um paraquedas – e nem sequer um paraquedas de segurança terá sido usado durante a manobra que deverá figurar na parede da fama dos saltos sem paraquedas mais venturosos alguma vez executados.
O salto, que foi organizado por um programa televisivo do canal Fox, implicou ponderação – mesmo para um paraquedista que se iniciou aos 12 anos de idade, e chegou aos 42 com mais de 18 mil saltos efetuados. A primeira proposta que lhe foi apresentada começou por receber uma resposta negativa. «Como qualquer pessoa normal e consciente, disse-lhes: “Obrigado, mas não obrigado”. Tenho mulher e filho e uma vida para viver».
Duas semanas depois, o desafio passou a ser encarado de forma diferente. Inquirido pela revista People, Aikins explica que, por mais de uma vez, acordava a meio da noite a perguntar-se como poderia fazer tão arrojado salto. Daí a aceitar o repto não terá demorado muito.
No salto que já começou a circular nas redes sociais, é possível ver que a “queda” de Aikins demora cerca de dois minutos. O paraquedista saltou acompanhado de três paraquedistas (que tiveram de ser contratados, contornando o bloqueio que o sindicato de dulpos dos EUA aplicou à iniciativa), que abriram os paraquedas a meio do percurso.
Para chegar ao local exato da rede de segurança, Aikins teve de usar GPS e prestar atenção a sinais luminosos. Poucos segundos antes da queda, virou-se de barriga para cima, para reduzir as probabilidades de lesões. À saída da rede de segurança, declarou à E! Online: «Estou como que a levitar!». Aparentemente, Luke Aikins sabe mesmo usar a força.