Os clubes de futebol Paris Saint-Germain (França) e o Boca Juniors (Argentina) foram burlados em 520 mil euros por duas empresas mexicanas que recorreram a técnicas de engenharia social para manipular as transações. A situação ocorreu quando o jogador Leandro Paredes foi transferido do Zenit (Rússia) para o Paris Saint-Germain (mais conhecido por PSG) no início do ano por 40 milhões de euros. Ao abrigo das regras da Fifa, o Boca Juniors tinha direito a receber 3,5% deste valor (o que equivale a 1,3 milhões de euros) por ter formado o jogador e o clube argentino acordou com o PSG receber o valor em três parcelas. Em causa está agora o desparecimento de um desses três montantes.
De acordo com as investigações feitas, o clube francês recebeu um email enviado por uma entidade que se fez passar pelo Boca Juniors que continha dados falsos e que conduziu o PSG a transferir o meio milhão de euros para a conta dos criminosos.
Embora o autor do ataque não seja conhecido, o Boca Juniors apresentou já uma queixa e as autoridades argentinas avançam que o ciberciminoso pode ter acedido ao email de um colaborador de um dos clubes para levar avante o crime.
«As consequências de ataques desta natureza podem variar desde o roubo de dinheiro até ao acesso à rede corporativa do clube. Por este motivo, é essencial que as empresas reforcem as medidas de segurança e formem os seus colaboradores para que estejam familiarizados com esse tipo de táticas e possam, assim, identificar e evitar futuros ataques», refere Alfonso Ramirez, diretor geral da Kaspersky Ibéria, num comunicado de imprensa.