Um tribunal de San Diego, EUA, ordenou que os donos do site GirlsDoPorn paguem uma indemnização total de 12,8 milhões de dólares (11,4 milhões de euros) a 22 jovens que aceitaram participar em filmes pornográficos amadores na condição de que esses mesmos filmes não fossem distribuídos nos EUA ou mesmo na Internet, em geral. A indemnização foi aplicada pelo facto de os gestores do site não terem cumprido as restrições relacionadas com a distribuição, dando origem a comportamentos suicidas em algumas das queixosas.
De acordo com a BBC, o processo cível ficou concluído com a atribuição de indemnização entre 300 mil (268 mil euros) e 550 mil dólares (492 mil euros). As jovens burladas têm idades compreendidas entre os 18 e os 23 anos. Algumas foram instadas a assinar os contratos de distribuição depois de beberem álcool ou de consumirem canabináceos – mas todas terão sido aliciadas pela possibilidade de receberem dinheiro, na condição de participarem num único filme que não deveria estar disponível nos EUA.
Além de não terem acautelado que os vídeos não seriam distribuídos por outros sites da especialidade, os mentores do GirlsDoPorn não terão tomado as medidas necessárias para evitar que os dados identificativos das queixosas surgissem em fóruns na Internet.
O processo cível não põe fim ao “caso” GirlsDoPorn. Atualmente, a justiça federal dos EUA tem a decorrer um processo que poderá levar os responsáveis do GirlsDoPorn a punições ainda mais severas. Foi no âmbito desse processo que dois dos três principais visados foram sujeitos a prisão. Matthew Wolfe, produtor de vídeos, e Ruben Garcia, ator porno, são os elementos que foram já detidos.
Michael Pratt, diretor executivo do site, está em fuga. Nova Zelândia, a terra natal do executivo, é uma das possibilidades aventadas para o paradeiro atual deste fugitivo.