Quanto vale um dinossauro? Depende: se for comprado numa loja e tiver a marca Microdino, custa 15 euros. A estreia só deverá ocorrer entre o final de agosto e o início de setembro, mas de pouco adiantará optar por um Microdino se não tiver um tablet ou um telemóvel. E isto porque o Microdino é um “connected toy”, que se liga a uma app de telemóvel ou tablet através chips NFC, QRCodes ou, em última alternativa, através do número de série.
O boneco em si pode propiciar brincadeiras à antiga – mas grande parte do divertimento desta nova gama de brinquedos da Science4You deverá vir das disputas que crianças de toda a Europa e do Brasil poderão protagonizar no tablet e no telemóvel, quando estão ligadas à Internet.
Na Science4You, são grandes as expectativas quanto a este brinquedo desenhado para crianças dos 4 aos 12 anos de idade: a empresa portuguesa investiu 600 mil euros nos últimos 12 meses de desenvolvimento do produto – e até ao final de 2014, prevê faturar meio milhão de euros com a venda de Microdinos para todos os mercados onde está presente (quase toda a Europa e ainda o Brasil).
«Não conheço mais nenhuma solução do género para Android e iOS. Há os Invizimals para PlayStation Portátil; e os Skylanders para todas outras consolas; mas para os telemóveis e para os tablets não há mais nada igual. Temos grandes perspetivas de venda a longo prazo. Sabemos do sucesso dos Skylanders e dos Invizimals, mas também sabemos que, nos MIcrodinos, podemos tirar partido do sucesso das consolas e dos telemóveis», explica Miguel Pina Martins quando questionado pela Exame Informática.
Os Microdinos deverão chegar ao mercado com cinco modelos de dinossauros. Reconhecidos os brinquedos pela app instalada no telemóvel ou no tablet, as crianças ganham a possibilidade de disputar contendas com outros utilizadores/dinossauros. À medida que vão ganhando ou perdendo as batalhas e põem em prática os diferentes golpes, os dinossauros (em versão virtual) vão evoluindo e ganhando novas técnicas.
Miguel Pina Martins garante que se trata de um jogo tático que exige às crianças o conhecimento dos pontos fortes e dos pontos fracos de cada um dos cinco dinossauros.
Com escritórios em Espanha e Reino Unido, Miguel Pina Martins acredita que os Microdinos têm tudo para ajudar a jovem empresa a fechar o ano com uma faturação de cinco milhões de euros. Mais do que o desvirtuamento de uma marca que cresceu com a ciência como pano de fundo, o jovem CEO vê nos Microdinos como uma aposta numa tendência de mercado: «O futuro dos brinquedos passa pela conexão às tecnologias e ao meio virtual. Os miúdos de hoje usam tablet desde os três anos de idade».