Depois da euforia, eis que os pioneiros do Apple Watch começaram a sentir os primeiros dissabores: na Austrália, alguns consumidores queixam-se de que o telemóvel inteligente da Apple fica confuso quando é usado em braços com tatuagens.
O “caso”, que já foi batizado de tattoogate, tem por base alguns relatos que dão conta de um mau funcionamento do sistema de bloqueio, que deveria ficar desativado quando o dispositivo é colocado no pulso, mas aparentemente não dará a resposta esperada devido às tatuagens nos braços dos utilizadores.
Até um repórter da Reuters, cujos braços estão tatuados, confirmou que o smartwatch da Apple não reproduz os diferentes alertas e notificações quando é usado num braço com tatuagens.
Aparentemente, a falha estará relacionada com os sensores que o Watch tem instalados – e a própria Apple já está, há bastante tempo, ciente desta limitação: numa das páginas que a marca disponibiliza para o apoio ao consumidor consta a seguinte menção: «alterações temporárias ou permanentes na pele, como as tatuagens, podem produzir efeito no funcionamento do sensor de batimentos cardíacos».
Apesar de relatado numa página de informação para o consumidor, as lojas da Apple na Austrália continuam a vender o Apple, sem fazer qualquer advertência quanto ao mau funcionamento dos sensores do Apple Watch em peles tatuadas.
A Apple ainda não se pronunciou sobre este assunto.
A “incompatibilidade” com tatuagens não é a única dor de cabeça que os responsáveis da Apple têm de enfrentar: atualmente, a marca da “maçã” depara-se com uma escassez no que toca ao stock, que terá sido causada pela inclusão de um componente responsável pelo envio de notificações silenciosas (o taptic engine) para o utilizador.
Os componente defeituosos terão sido detetados a tempo. A Apple conseguiu evitar que os smartwatches com esta falha chegassem ao mercado, mas já não terá evitado a escassez no stock, noticia o The Guardian.