Estas apps prometem melhorar a vida sexual dos utilizadores e, para isso, só precisam de aplicar um algoritmo a todos os dados que são recolhidos e analisados. Apps como o Nipple ou o Lovely recolhem dados sobre o desempenho sexual do utilizador e usam essa informação para produzir relatórios sobre o que fazer para o melhorar.
Estas aplicações consideram a frequência de encontros sexuais, a duração da atividade sexual e a velocidade e força aplicadas num cálculo destinado a proporcionar melhores experiências no futuro, explica o The Verge.
A desvantagem é que não há dados que provem que as apps funcionem efetivamente, porque não há estudos conclusivos sobre qual a velocidade ou força certas ou qual o ritmo de encontros sexuais adequados para se considerar que se tem uma boa vida sexual. Há casais que têm mais sexo e outros que têm menos e que apresentam um nível de felicidade sexual idêntico. A otimização do desempenho sexual é mais uma questão subjetiva e qualitativa que não poderá ser alvo de estudos com volumes e dados científicos.
A outra dificuldade prende-se com o perceber o que o parceiro ou parceira querem ou precisam a cada momento e que poderá ser diferente do que quiseram ou precisaram numa sessão anterior. Assim, se hoje é verdade que determinado ritmo foi uma boa experiência, não quer dizer necessariamente que amanhã seja igual. Pela negativa, este tipo de análises até pode prejudicar a vida dos casais que já se deparam com problemas no quarto. Os casais que recorram a estas apps e verifiquem que deviam ter sexo mais vezes e depois não o conseguem podem ficar ainda mais fragilizados.
O especialista em atividades sexuais Charles Glickman deixa um conselho: «a única métrica [que importa] é o tamanho do sorriso na cara da outra pessoa», mesmo que não se tenha um gráfico bonito que o represente.