Vendas de smartphones em quebra. E não melhoram até 2019
Nos próximos tempos as vendas de smartphones vão oscilar entre o declínio e a estagnação... se não surgir uma inovação revolucionária que desperte os desejos do consumidor.

Começou com a Apple. E depois seguiu-se a Samsung. Ambas as marcas não têm muitas razões para sorrir no que toca às previsões de vendas de telemóveis: A Samsung, que detém, atualmente, a liderança mundial do fabrico do segmento, admitiu que a quebra das vendas de smartphones poderia refletir-se nos resultados totais do grupo; na Apple, o alarme disparou com as notícias que dão conta de uma redução das encomendas de componentes e as estimativas que revelam que, pela primeira vez, as vendas trimestrais de iPhones deverão registar uma quebra. Afinal o que se passa nas vendas de smartphones?
Francisco Jerónimo, responsável pelas Pesquisas na Área de Terminais Móveis da IDC Europa, admite que as vendas de telemóveis vão continuar a desacelerar «nos próximos dois ou três anos».
«A larga maioria das pessoas já trocou o telemóvel básico por um smartphone – e tão depresssa não vai sentir necessidade de trocar esse smartphone», comenta Francisco Jerónimo, quando questionado pela Exame Informática, apontando para outro fator que tem bloqueado as vendas de smartphones: «A única forma de levar as pessoas a comprarem mais frequentemente smartphones é lançar inovações atrativas. Mas nos últimos tempos não tem havido nada de revolucionário; apenas assistimos a pequenos upgrades de câmaras, memórias ou ecrãs».
As estimativas da IDC apontam para que, no mercado mundial, as vendas de smartphones cresçam cerca de oito por cento em 2017, sete por cento em 2018, e cinco por cento em 2019. Na Europa, o crescimento será feito com percentagens que oscilam entre um e dois por cento.
Francisco Jerónimo lembra que o lançamento das redes 4G atuou como o último grande incentivo à substituição de smartphones. O responsável da IDC acredita que será necessário esperar pelo desenvolvimento de tecnologias que transformam os telemóveis em assistentes virtuais sofisticados, que até fomentam o uso de wearables, para que os consumidores voltem a sentir necessidade de acelerar a substituição de smartphone.
«As soluções de realidade virtual e realidade aumentada, e a conexão com sistemas de domótica também serão importantes para potenciar as vendas de smartphones, mas são coisas que podem demorar dois, três ou mais anos a acontecer», prevê Francisco Jerónimo.
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