As autoridades russas anunciaram hoje a detenção de 50 suspeitos de participação num cibergang que terá logrado desviar mais de 1,7 mil milhões de rublos (cerca de 22 milhões de euros) através da disseminação de códigos maliciosos. Tudo leva a crer que este é o maior grupo de cibercriminosos alguma vez detido pelas polícias russas.
As operações de detenção estenderam-se a 15 províncias russas, refere a BBC.
Os suspeitos terão usado o trojan Lurk para lançar o golpe às diferentes vítimas. Este código malicioso distingue-se pela difícil deteção. O que ajuda a explicar o facto de os hackers terem recorrido a alguns dos maiores sites da Rússia para a disseminação do Lurk.
Depois de contaminar os computadores das vítimas, o Lurk fazia jus à classificação de trojan e tratava de descarregar software, que teria como propósito intercetar as credenciais de acesso que os utilizadores inseriam sempre que pretendiam aceder às respetivas contas bancárias através da Internet.
O grupo de hackers do Lurk terá estado no ativo desde 2011, mas só nos últimos seis meses passou a concentrar esforços na banca online. As autoridades russas referem que a detenção dos cibercriminosos terá evitado que várias transações ainda pendentes se processassem. Caso tivessem conseguido levar em frente as transações, o valor do desfalque total teria subido para 2,3 mil milhões de rublos (cerca de 30 milhões de euros).