A Waymo diz que Lewandowski descarregou 14 mil ficheiros confidenciais e que continham desenhos proprietários a partir de vários computadores e hardware da companhia antes de ingressar na Uber. No total, o material copiado tem cerca de 10 GB e inclui os desenhos para os sistemas LiDAR e de circuito usados pela Waymo. Lewandowski trabalhou para a Google até janeiro de 2016 e saiu para fundar a Otto, que acabou por ser comprada pelA Uber.
O ArsTechnica cita vários analistas especializados nas empresas de Silicon Valley que consideram estranho que a Google Ventures seja investidora na Uber e agora a Google aceite processar a Uber.
A Waymo descreve um processo que se arrastou durante meses e manifesta desconfiança por ter começado os desenvolvimentos nos carros autónomos em 2009 e a Uber só o ter feito em 2015, mas rapidamente ter conseguido acompanhar. A empresa da Google diz ainda que Lewandowski comentou com outros colegas da Waymo, em janeiro de 2016, que planeava replicar a tecnologia noutra rival. Por fim, o engenheiro é acusado de ter tido reuniões com a Uber, enquanto ainda era funcionário da Waymo.
Em dezembro de 2015, Lewandowski terá copiado os dados para um cartão SD e depois reformatado o seu computador. Em janeiro, encontrou-se com funcionários da Uber e despediu-se da Google passadas duas semanas. Em maio do ano passado, foi lançada a Otto, onde ingressaram vários ex-funcionários da Waymo que alegadamente trouxeram mais material e dados copiados. Em agosto, a Otto acabou comprada pela Uber, por 680 milhões, uma soma considerada elevada por uma empresa com poucos bens e nenhum produto que pudesse ser lançado no mercado.
A Uber comentou o assunto dizendo que estaria a analisar as alegações da Waymo, mas que não há nenhuma investigação sobre Lewandowski no momento.