Os responsáveis do hospital Royal Free cederam os dados à DeepMind da Google com o objetivo de criar uma app chamada Streams destinada a alertar, diagnosticar e funcionar como deteção de complicações ao nível dos rins. Os pacientes não foram informados de que os seus dados seriam usados nos testes, revela o Information Commisioner’s Office do Reino Unido.
«O Data Protection Act não é uma barreira à inovação, mas deve ser considerado sempre que os dados das pessoas estejam a ser usados», refere Elizabeth Denham, do ICO, explicando ainda que o teste com dados reais foi para lá da autoridade do hospital Royal Free.
Agora, o hospital foi chamado a sujeitar-se a uma auditoria feita por terceiros, completar um teste sobre a privacidade dos dados, definir como vai respeitar os seus deveres em testes futuros e a estabelecer uma base legal adequada sobre a partilha de informação com a DeepMind, noticia o The Guardian.
Fonte do hospital revela que a app Streams vai continuar a ser usada para oferecer um tratamento rápido para os pacientes mais vulneráveis e assim salvar vidas. Quanto aos dados, a organização explica que estão a fazer muito mais agora para informar os pacientes sobre como os seus dados estão a ser usados. «Queremos reassegurar que a informação dos pacientes esteve sempre sob o nosso controlo e que nunca foi usada para outro fim que não proporcionar o melhor tratamento possível», concluiu a mesma fonte.
Por seu lado, a DeepMind diz que contina a trabalhar no sentido de construir ferramentas que permitam a enfermeiros e médicos obter informação adequada para decidir o melhor tratamento para cada paciente e realça que já criou um grupo independente dedicado à análise das questões de saúde e transparência.