O segundo aniversário do Altice Labs, que foi assinalado esta sexta-feira em Aveiro, serviu de ponto de partida para o lançamento de um prémio de inovação para Portugal, França e Israel. O grupo Altice anunciou que o novo concurso pretende estender o sucesso dos prémios PT Inovação para outros mercados em que a operadora de telecomunicações está presente. Os prémios Altice Innovation Awards vão contemplar categorias dedicadas a startups com diferentes estados de maturidade e ainda projetos desenvolvidos nas universidades.
Neste novo formato internacional, os prémios de inovação da Altice vão privilegiar a ligação à Academia e a projetos nas áreas de telecomunicações, conteúdos e média e ainda dados e publicidade.
O prémio mais valioso destina-se a startups e está fixado em 50 mil euros. Além do valor monetário, este primeiro prémio conta ainda com a possibilidade de desenvolvimento de um projeto-piloto dentro do grupo Altice, durante seis meses. Em comunicado, a Altice refere ainda que o concurso conta ainda prémios de 25 mil euros destinados a trabalhos provenientes de laboratórios universitários e startups com mais de três anos de maturidade.
A operadora de telecomunicações também aproveitou a cerimónia para anunciar que os Altice Labs vão expandir-se para mais duas localidades em Portugal Continental. Alexandre Fonseca preferiu não revelar os locais, mas admitiu que a escolha será anunciada até ao final de 2018. Atualmente a Altice Labs conta com sede em Aveiro, e tem já anunciados polos para Viseu, Algarve (em Olhão) e ainda Madeira (na vila de Ribeira Brava). .
Alcino Lavrador, diretor geral da Altice Labs, recordou que a expansão decorre de um desafio lançado por Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, e prometeu levar para os diferentes locais infraestruturas e plataformas de investigação. «Uma das nossas características é levarmos sempre a academia connosco. Faz parte da forma como trabalhamos», reiterou, depois de lembrar que o braço tecnológico da operadora registou um crescimento de 41% de receitas vindas do estrangeiro – e ainda um aumento de 67% na rentabilidade. Hoje, 60% dos negócios da Altice Labs são feitos nos estrangeiro.
Alexandre Fonseca não desperdiçou a oportunidade para enaltecer o facto de hoje as tecnologias made in Aveiro, naquela que é a «joia da coroa» da operadora, serem usadas por mais de 350 milhões de pessoas de quatro continentes. E foi além fronteiras que o CEO da Altice Portugal foi buscar um exemplo das mais-valias que os laboratórios da operadora têm obtido depois de integrados no grupo Altice: hoje, todo o projeto de expansão da rede de fibra ótica da subsidiária da operadora nos EUA está assente «praticamente na totalidade em tecnologoa portuguesa». que foi desenvolvida pela Altice Labs.
Aquém fronteiras, os exemplos foram outros: Alexandre Fonseca relacionou a redução do número de ignições detetadas no Parque Nacional Peneda-Gerês depois da cobertura de 700 hectares com redes de comunicações móveis, e também lembrou a decisão de levar fibra ótica para conectar 75% da população de seis concelhos do maciço central da Serra da Estrela.
O executivo da Altice recorreu a alguns números para ilustrar o compromisso da empresa com o mercado nacional: uma rede de fibra ótica que já pode ser usada por 4,2 milhões de casas e que gerou 2000 empregos diretamente e a versão mais avançada da quarta geração de redes móveis (4G+) já com uma cobertura para 60% da população. Alexandre Fonseca recordou ainda que os mais de 1200 milhões de euros investidos no País – dos quais 400 milhões em infraestrutruras – para deixar um alerta: «É fundamental continuamos alinhados com o Governo na procura da excelência e da competitividade da nossa economia»