O engodo é conhecido por “cartas da Nigéria” e, tendo em conta o histórico de vítimas, tudo levaria a crer que já ninguém cairia na esparrela lançada por spammers que pretendem ganhar dinheiro com pedidos de ajuda de antigos reis da Nigéria. Mas, ao que parece, o método burlão continua ativo e a fazer vítimas – e a prova disso mesmo é que a Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta quinta-feira, o desmantelamento de «um centro de emissão das chamadas “cartas da Nigéria”, através das quais se praticavam crimes de burla informática, falsificação de documentos e branqueamento de capitais».
Em comunicado, a PJ refere que a operação levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) permitiu «localizar e deter um dos principais responsáveis da organização e constituir outra pessoa como arguida».
«Foi apreendida diversa documentação com interesse probatório, bem como vários sistemas informáticos e de telecomunicações já em exame digital forense, sendo que uma análise preliminar permitiu equacionar ter sido desmantelado um ponto de emissão de “cartas da Nigéria” destinadas a vítimas de várias nacionalidades na Europa», informou a polícia.
A PJ refere ainda que alertou as congéneres internacionais. O que poderá levar a descoberta de ramificações deste centro de emissão de “cartas da Nigéria” no estrangeiro.