Olaf Scholz não tem a certeza sobre se aplicar um imposto de 3% sobre as receitas de publicidade online de gigantes como a Google ou a Facebook seja o melhor caminho. Scholz recomenda, no entanto, um debate alargado e que a solução seja encontrada até ao final do ano.
A medida procura compensar as autoridades europeias por eventuais fuga aos impostos que as gigantes possam estar a fazer. O plano é recusado por países mais pequenos, como a Irlanda, que receia perder receitas, e pelos nórdicos, que receiam que a medida abrande a inovação e desencadeie uma retaliação por parte dos EUA. Os críticos de Scholz apontam que o ministro alemão pretende apenas garantir que aplicar este imposto não afeta os fabricantes automóveis alemães, que poderiam sofrer com retaliações dos EUA, noticia a Reuters.
A aplicação do imposto é defendida, entre outros, pelo ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, que já defendeu também um prazo limite durante o qual se possa cobrar este imposto. O objetivo passa por ter alguma compensação no imediato, enquanto se negoceia um acordo mais global. Por outro lado, a França quer ainda definir mecanismos de compensação para os Estados mais pequenos que venham a perder receitas caso estes impostos sejam aplicados.