As autoridades dos EUA desconfiam que a Huawei tenha usado a HSBC Holdings Plc para enviar produtos baseados nos EUA para o Irão e outros países, contornando as sanções decretadas pelos americanos. Segundo os especialistas, a Huawei terá “enganado” o banco HSBC para conseguir conduzir estas transações e enviar produtos. Recorde-se que a responsável financeiro da Huawei (e filha do fundador da empresa) foi detida no Canadá e tem de se apresentar em tribunal, correndo o risco de ser extraditada para os EUA.
O HSBC refere não estar a ser investigado desta vez, mas recusou comentar mais o assunto. O banco pagou 1,92 mil milhões de dólares em 2012 para um acordo com a mesma acusação de hoje por ter violado as sanções dos EUA e alojar esquemas de lavagem de dinheiro, lembra a Reuters.
Este é mais um capítulo na guerra económica em curso entre a China e os EUA. O caso assemelha-se com o que envolveu a ZTE no passado e terminou, em 2017, com a empresa chinesa a pagar 892 milhões de multa e ter concordado ser culpada de violar a legislação que restringia a venda de tecnologia americana ao Irão. Durante estas investigações, as autoridades terão apreendido o portátil do CFO da ZTE e encontrado documentos que mostravam que havia uma segunda empresa, tratada por F7, que também estaria a enganar as autoridades. Em 2016, um grupo de legisladores defendeu que F7 era o nome de código para a Huawei.