«Acredito que uma plataforma de comunicações focada na privacidade vai ser ainda mais importante do que as plataformas abertas atuais. Hoje já vemos que as mensagens privadas, histórias efémeras e pequenos grupos são as áreas que mais crescem», escreveu Zuckerberg.
Na sequência das revelações sobre as práticas do Facebook no que toca a dados dos utilizadores e privacidade que vieram a público nos últimos anos, não deixa de ser uma mudança significativa. «Acredito que o futuro das comunicações vai mudar para os serviços privados e encriptados, onde as pessoas podem ter a certeza de que aquilo que dizem permanece seguro e que o conteúdo não vai ficar alojado para sempre», escreveu o fundador do Facebook, citado pelo The Verge.
A encriptação end-to-end vai tornar-se um standard em todas as aplicações do Facebook, algo que será possível com a unificação da tecnologia que corre em segundo plano.
Mark Zuckerberg explica que esta mudança irá permitir criar novas ferramentas para os negócios, nomeadamente no que toca ao e-commerce e aos pagamentos. O plano passa também por tornar os serviços interoperáveis, ou seja, ligar o Facebook, Instagram Direct, WhatsApp ou o Messenger às SMS, por exemplo.
Para assegurar a privacidade, Zuck explica que os serviços não vão alojar dados sensíveis em países com fracos registos de respeito pelos direitos humanos e liberdade de expressão. A empresa está ainda a considerar apagar as mensagens, por defeito, um mês a um ano depois de terem sido enviadas. O utilizador vai também poder definir um prazo de validade de alguns segundos ou minutos, ao fim dos quais, a mensagem é apagada.
A nova visão do fundador do Facebook deve ser implementada nos próximos anos, não tendo ficado definido qualquer prazo explícito.