Foram quatro horas de aflição – e sem a linha de emergência 112 em toda a Holanda. A falha aconteceu na passada segunda-feira e as causas só deverão começar a ser esclarecidas durante esta terça-feira, quando os responsáveis da administração da operadora de telecomunicações KPN se reunirem com Ferdinand Grapperhuis, ministro da Segurança e da Justiça da Holanda, para explicar o sucedido. Além do número de emergência nacional, vários telefones móveis e fixos ficaram inoperacionais devido a esta falha.
Em declarações citadas pela Reuters, fonte oficial da KPN diz não haver dados que apontem para um ciberataque.
Coincidência ou não, a misteriosa falha na rede da KPN teve lugar no mesmo dia em que uma empresa de cibersegurança deu a conhecer um ataque orquestrado de hackers contra vários operadores de telecomunicações.
Face à inoperacionalidade do 112 e de outras linhas telefónicas, a KPN e as autoridades holandesas tomaram várias medidas com vista a estabelecer a redundância das redes. Ao cabo de uma hora de inoperacionalidade, os serviços de emergência recorreram às redes sociais para criar novas vias de comunicação e disponibilizaram um novo método de contacto – mas os relatos dão conta de que também este “plano B” terá registado falhas, refere a BBC. Os próprios sistemas de backup da rede da KPN não terão entrado em ação como desejado.
Face às comunicações limitadas, as autoridades solicitaram à população que se encaminhasse diretamente para hospitais e esquadras de polícia em caso de emergência. Bombeiros e polícias foram ainda destacados para pontos considerados mais problemáticos ou críticos para poderem intervir mais rapidamente a eventuais pedidos de ajuda ou outros tipos de ocorrências.
Ainda não foram reveladas as falhas que terão levado ao “apagão” das comunicações de emergência da KPN.