Rui Pinto, um dos suspeitos do processo Football Leaks e das intrusões que, alegadamente, terão sido feitas em redes informáticas de clubes, magistrados e governo, usou hoje a rede social Twitter para se insurgir contra «violações seletivas do segredo de justiça, misturadas com calúnia e difamação», que terão sido lançadas por «elementos ligados à investigação» dos diferentes processos em que o hacker se encontra envolvido.
O suspeito das intrusões começa por lembrar que está proibido «pela juiz de instrução de receber a visita de jornalistas devido a um pretenso perigo de perturbação do inquérito», mas não se coíbe de acusar as instituições judiciais de «falência moral», «que de forma habilidosa protegem os mecanismos da grande corrupção e evasão fiscal (muito para além do Mundo do Futebol); perseguem denunciantes, movem todos os esforços para sabotar investigações internacionais; arquivam 94% dos casos de corrupção, ignoram denúncias anónimas, violam direitos fundamentais, e recusam reconhecer diretivas europeias e convenções internacionais».
Às duras acusações contra as autoridades portuguesas, Rui Pinto junta uma novidade vinda de Espanha e que, alegadamente, servirá de prova em como algo já começou a mudar depois das revelações conhecidas como Football Leaks: «Eis que Espanha entra em campo para investigar as fraudes milionárias da Doyen Sports. Como disse Eva Joly: “Mesmo que Portugal não investigie, essa informações serão investigadas por outros países”. E eu cá estarei; para continuar a denunciar».