Jack Ma, o atual presidente do grupo Alibaba, anunciou que vai deixar a empresa esta terça-feira, dia do seu 55º aniversário. A saída de Ma surge numa altura em que a empresa está a sofrer um forte abrandamento no segmento de comércio eletrónico, tendo já escolhido um sucessor para o império atualmente avaliado em 460 mil milhões de dólares, aproximadamente 415,89 mil milhões de euros).
Em abril de 1999, Jack Ma exercia a profissão de professor, quando decidiu criar, com 17 parceiros, o website Alibaba.com, tendo como base de operações o próprio apartamento, em Hangzhou. O sucesso foi de tal forma, que em outubro do mesmo ano recebeu uma proposta de investimento de 25 milhões de dólares por parte da Goldman Sachs e da SoftBank. Recorde-se que, atualmente, Ma disputa a liderança tecnológica mundial com empresários como Elon Musk ou Bill Gates, tendo sido considerado o homem mais rico da China pela revista Forbes em 2018.
Empresário chinês é também conhecido por alguns temas polémicos como o “modelo de trabalho 996”, que consiste num regime de trabalho de 6 dias por semana e 12 horas por cada dia, e por sugerir que os trabalhadores aliviem a pressão do trabalho tendo mais relações sexuais.
Ainda, recentemente, voltou à ribalta por ter discordado com Elon Musk, diretor-executivo da Tesla, por afirmar que não receia o futuro da Inteligência Artificial, durante a Conferência Mudial sobre a Inteligência Artificial, em Xangai.
O substituto ao “trono” vai ser Daniel Zhang, atual CEO da empresa, que segundo a Reuters aparenta ter uma personalidade contrastante com a de Jack Ma. A agência de comunicação avança que em 2018 Jack Ma deixou fortes elogios a Zhang, referindo que este «tem a lógica e o pensamento crítico de um supercomputador, é empenhado na sua visão e a coragem para abraçar modelos de negócio inovadores e as indústrias do futuro.»
A semana passada a Alibaba anunciou um investimento de 2,7 mil milhões de dólares (24,41 mil milhões de euros) na plataforma de retalhe Koala, conhecida por vender bens de luxo, e numa empresa de streaming de música.
De acordo com a Reuters, no primeiro semestre do ano passado as vendas da empresa atingiram valores percentuais na ordem dos 32,4%, sendo que este ano desceram para um pouco mais de metade, encontrando-se nos 17,8%.