Maren Costa e Jamie Kowalski criticaram a Amazon, em outubro, dizendo que a empresa estava a contribuir para o aquecimento global ao suportar empresas de exploração de petróleo e de gás através do negócio de computação na cloud (Amazon Web Services). As duas foram chamadas posteriormente a reuniões com o departamento de Recursos Humanos (RH) da Amazon nas quais foram acusadas de violar a política de comunicações externas da empresa e receberam um email de um advogado a notificá-las que futuras violações iriam resultar em «ações corretivas formais , incluindo a terminação da relação laboral com a Amazon».
De uma forma global, a Amazon afirma que os funcionários podem escrever o que quiserem nas redes sociais e falar com os meios de comunicação, desde que não sejam partilhadas informações confidenciais. Em relação a esta denúncia em concreto, um porta-voz da empresa escreveu ao Engadget que «a política [da Amazon] em relação a comunicações externas não é nova e acreditamos ser semelhante à que existe noutras grandes empresas. Atualizamos recentemente a política e o processo de aprovação relacionado para tornar mais fácil aos funcionários a participação em atividades externas como discursos, intervenções nos órgãos de comunicação social e a utilização do logotipo da empresa. Tal como com qualquer outra política da empresa, os funcionários podem receber notificações dos nossos RH se nos apercebermos de qualquer violação ou que uma política não está a ser seguida».
Esta situação é mais uma que vem a público a envolver grandes empresas tecnológicas que, alegadamente, tentam silenciar críticas dos seus funcionários e protestos. Recorde-se que, recentemente, vários grupos de diferentes tecnológicas exprimiram-se contra políticas ambientais das empresas, a falta de diversidade, abusos sexuais no local de trabalho, políticas de direitos humanos e têm denunciado uma “cultura de retaliação”.