Na adolescência, um dos meus programas preferidos era A Noite da Má Língua, onde me deliciava com as crónicas do Victor Moura-Pinto. Achava-as geniais e a frase que aparecia no ecrã no final – “sic transit gloria mundi” (que pode ser traduzido literalmente do Latim para “a glória mundana passa desta forma” ou, de uma forma mais livre, para “e assim vai o mundo”) – ficou-me no subconsciente mais tempo do que supunha possível. Dei conta disso quando li recentemente uma notícia que referia que um utilizador tinha utilizado o Facebook Live para transmitir o homicídio de um desconhecido no domingo de Páscoa. Baixei a cabeça, suspirei e disse para os gatos que estavam ao meu lado na altura: “E assim vai o mundo…”.
A notícia foi depois corrigida – afinal, não tinha sido um Facebook Live; o homicida tinha gravado o vídeo e depois fez o upload para a rede social. Não me senti melhor com isso. O criminoso acabou por suicidar-se quando estava a ser alvo de uma perseguição automóvel por parte da polícia.
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