Se é um utilizador que dá prioridade às mais recentes versões do Android e quer ter garantias de que vai receber a próxima grande atualização do software, então comprar um smartphone Nokia é a aposta mais segura. Esta é a principal conclusão de um estudo feito pela consultora Counterpoint e que analisa as estratégias de atualização das principais marcas de smartphones Android.
O estudo analisou os smartphones lançados por diferentes marcas entre o início do terceiro trimestre de 2018 e o final do segundo semestre de 2019, fazendo depois uma contagem da percentagem de equipamentos que têm as diferentes versões do Android. A Nokia “vence” ao garantir que 95% dos equipamentos lançados nesta janela de tempo já tinham o Android “Pie” 9.0.
Em segundo lugar surge a Samsung (89%), a Xiaomi ocupa a terceira posição (84%) e a Huawei aparece em quarto lugar (83%). Nas últimas posições surgem a LG (16%), a Alcatel (14%) e a Tecno Mobile (5%).
A Nokia também é a única marca que, ao fim de 12 meses, atualiza todos os smartphones lançados na referida janela de tempo – e deixando a concorrência a “milhas” de distância. A empresa que mais se aproxima é a Xiaomi e ao fim de 12 meses só tem 60% dos smartphones atualizados. A Samsung, que é líder de mercado, incluindo em Portugal, ao fim de 12 meses só tem 20% dos dispositivos atualizados.
«As atualizações do sistema operativo e de segurança são aspetos dos smartphones Android que têm pouca atenção. Vemos poucas marcas a focarem-se nisto. E talvez porque os fabricantes não faltam sobre isto, a consciencialização dos utilizadores também é baixa. Não aparece nas 10 características que os consumidores mais procuram», sublinhou Peter Richardson, diretor de pesquisa da Counterpoint.
Numa entrevista recente à Exame Informática, o diretor-geral da HMD, empresa responsável pela marca Nokia, para Portugal e Espanha, destacava justamente a aposta nas atualizações de software. «Os nossos equipamentos vão melhorando ao longo do tempo, uma vez que a evolução está garantida. Um consumidor Nokia quando está a fazer uma compra hoje não compra um produto igual ao longo do tempo, compra um produto que vai evoluindo.», disse Luís Peixe.
